Contratações crescem 4,3% em relação ao ano passado.
Os comerciantes de Minas Gerais estão apostando em um Dia das Mães movimentado este ano. A data é a segunda melhor em vendas no ano depois do Natal. Em pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência daFecomércio MG, 79,7% dos varejistas afirmam que a data irá incrementar seus negócios. Para 61,3% deles, as vendas serão melhores ou iguais ao ano passado.
Otimismo/esperança, aquecimento do comércio, abrandamento da pandemia e o valor afetivo da data estão entre os principais motivos citados pelos empresários para justificar a expectativa positiva.
Para 13,6% dos comerciantes entrevistados, que acham que as vendas serão piores neste ano, a mudança de governo, a baixa nas vendas no primeiro trimestre, a crise econômica e o consumidor mais cauteloso justificariam o pessimismo.
Mais contratações
O número de contratações estimado pelos comerciantes a fim de melhorar o atendimento aumentou 4,3% em relação a 2022. Pelo menos 11,5% das empresas devem aumentar a equipe de vendas no período.
Compras em cima da hora
Para 84,4% dos varejistas entrevistados pela Fecomércio MG, as compras do Dia das Mães deste ano devem ser feitas na semana da data. Na percepção dos comerciantes, o perfil de pagamento deve mudar este ano.
Menos compras a prazo
Enquanto no ano passado, 52,4% dos empresários do comércio previam parcelamento na compra no cartão de crédito no Dia das Mães, neste ano, são 28,7% os que apostam que os clientes vão pagar parcelado no cartão. As compras à vista também devem aumentar em 2023, conforme os varejistas, e passar dos 32%. Neste ano, o cartão de débito e o PIX devem liderar as formas de pagamento à vista na avaliação dos empresários. Em 2022, a modalidade de pagamento era prevista por 19% dos comerciantes entrevistados.
Valor médio da compra
Para 45,9% dos comerciantes entrevistados em Minas, o valor do presente das mães não deve ultrapassar 100 reais este ano, a mesma média prevista no ano passado.
Olhar Econômico
O Dia das Mães é uma data de grande importância emocional e cultural, sendo a celebração mais significativa do primeiro semestre. Na pesquisa, foi observada uma participação maior nas vendas no Dia das Mães nas regiões com menor renda per capita. Nesse ano, a expectativa é de melhora nas vendas se comparada ao ano passado por grande parte dos empresários. Os principais motivos para essa expectativa são o otimismo e a esperança por um resultado melhor; uma percepção de aquecimento do comércio; o abrandamento da pandemia, trazendo uma atmosfera similar ao período pré-pandêmico aliado ao valor afetivo da data.
Com o otimismo e a expectativa de aumento das vendas no Dia das Mães desse ano, apenas uma parcela reduzida acredita que a situação pode ser menos favorável devido a fatores como mudança de governo, queda nas vendas no primeiro trimestre, crise econômica e maior cautela dos consumidores por causa do endividamento das famílias.
Nessa pesquisa da Fecomércio MG, foi observada uma queda nas promoções e liquidações, indicando a dificuldade do empresário em recompor estoques (devido a uma oferta menor de produtos dos fabricantes). Contudo, para atrair e conquistar novos clientes em um cenário de mercado desafiador, é necessário investir em estratégias de marketing e vendas e inovação. Isso inclui promoções e descontos, campanhas criativas, mídias sociais, e-commerce, personalização do atendimento, opções de pagamento flexíveis e ampliação da diversidade de produtos e serviços. Essas ações podem aumentar a competitividade e garantir um bom desempenho de vendas.
Durante a semana da data, é comum o fortalecimento das formas de pagamento a prazo com intuito de atrair os consumidores. Devido ao apelo emocional, o ticket médio para o Dia das Mães tende a ser mais elevado em comparação às outras datas comemorativas. Além disso, a medida evita comprometer o orçamento do consumidor de uma só vez, diminuindo o endividamento excessivo e reduzindo as chances de inadimplência.
A pesquisa também registra que, entre as formas de pagamento, o PIX vem ganhando gradativamente uma participação maior quando comparado especialmente ao dinheiro, confirmando a tendência crescente de redução do papel moeda no mercado com redirecionamento para o “dinheiro digital”.
Gabriela Martins, economista do Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio – MG
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 568 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
Há 84 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.
Fonte: Assessoria de comunicação Fecomercio