Com exceção de alguns casos de gostos atípicos, ou quando há muito dinheiro envolvido, toda vez que um velho dá em cima de uma mulher que pode ser sua filha ou neta, a vontade que ela tem é de vomitar.
Infelizmente as mulheres desde a adolescência ou até mesmo desde a infância, sofrem com as investidas de homens bem mais velhos e dependendo da idade, talvez, não conseguem se defender nem responder.
Me recordo com uma mistura de tristeza e indignação de quando tinha nove anos de idade, não tinha nem seios e fui à padaria comprar pães quando um homem de aparentemente vinte e cinco anos começou a dar em cima de mim, assoviando e gritando no meio da rua. Com medo, me apressei para comprar pães e voltar pra casa, e fiquei com vergonha até de contar pra minha mãe sobre o ocorrido, não sabia como reagir.
Pra você pode parecer muito triste, ou até ficar surpreso, afinal eu era uma criança, de nove anos. Mas para nós mulheres que sofremos na pele o assédio desde muito novinhas, não é, muitas amigas já passaram desde muito novas por situações até piores.
Não estou falando de relacionamentos de pessoas jovens com pessoas mais velhas, desde que sejam adultas, com respeito, é válido. Trato aqui dos casos de homens que não tem respeito e nenhuma noção.
Ressalto que existem muitos homens bons, não vamos generalizar, e claro, os pais de família que temem que isso ocorra com suas filhas.
Há poucos dias uma moça de 16 anos veio me contar de um senhor bem conhecido dando em cima dela em um evento, um senhor de mais de cinquenta anos, casado, pai, membro de organizações beneficentes que prega por aí algo relacionado a valorização da família, um tanto contraditório já ele não respeita a própria esposa. A mocinha definiu bem o que sentimos quando disse pra mim que ficou com muito nojo da forma que ele falou com ela. Uma adolescente de dezesseis anos que namora com um adolescente de dezessete, enojada com uma investida ousada de um cinquentão, que nesse caso, poderia ser pai ou avô da moça.
Infelizmente essa realidade parece estar longe de acabar, por enquanto seguimos vendo casos e mais casos como esses por aí.
Por: Thalita Mendes – Jornalista
