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Minas Gerais registrou melhora no volume de vendas no comércio varejista com 1,7% de aumento em 12 meses

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O Estado apresentou recuperação nos últimos seis meses diferentemente do que foi observado nacionalmente.

O Núcleo de Estudo Econômico da Fecomércio MG analisou os dados do IBGE sobre o desempenho do comércio no mês de fevereiro de 2023 (Pesquisa PMC/IBGE). A partir dos números, avaliamos os últimos 11 percentuais para o volume de vendas no comércio varejista ampliado e apresentando a variação do volume vendido mensalmente (comparado ao mês anterior – com ajuste sazonal) e a variação acumulada em 12 meses.

Em fevereiro de 2023, o volume de vendas, no comércio varejista ampliado, apresentou um aumento de 1,7% frente a janeiro, acumulando um aumento de 0,1% nas vendas do ano. A variação acumulada em 12 meses, por sua vez, sinalizou uma queda de 0,5% no volume vendido. Na mesma base de comparação, o volume de vendas no comércio varejista ampliado de Minas Gerais acumulou um crescimento de 1,7%.

 

Volume de vendas no comércio varejista ampliado – Acumulado em 12 meses (%)
Mês Variação mensal – BR Variação mensal – MG
Maio/2022 0,3 1,4
Junho/2022 -0,8 0,4
Julho/2022 -2 -0,4
Agosto/2022 -2 -0,2
Setembro/2022 -1,6 0,1
Outubro/2022 -1 1
Novembro/2022 -0,8 1,1
Dezembro/2022 -0,6 0,9
Janeiro/2023 -0,5 1,8
Fevereiro/2023 -0,5 1,7

Fonte: PMC | Elaboração: Estudos Econômicos – Fecomércio MG

 

Em fevereiro de 2023, a atividade que gerou maior peso, no Brasil, foi a de livros, jornais, revistas e papelaria (12,1%), ao passo que, em Minas Gerais o setor que apresentou maior destaque foi o de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (11,7%). Em contrapartida, a atividade com menor peso, tanto em nível estadual, quanto em nível nacional é a de tecidos, vestuário e calçados (6,7% e 7,3%, respectivamente).

 

Fonte: PMC | Elaboração: Estudos Econômicos – Fecomércio MG

 

 

Variação mensal – mês frente ao mês imediatamente anterior

 

A PMC explora onze grandes grupamentos de atividades, cada qual possuindo um número variável de segmentos:

 

  1. Combustíveis e lubrificantes;
  2. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;
  3. Tecidos, vestuário e calçados;
  4. Móveis e eletrodomésticos;
  5. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos;
  6. Livros, jornais, revistas e papelaria;
  7. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação;
  8. Outros artigos de uso pessoal e doméstico;
  9. Veículos, motocicletas, partes e peças;
  10. Material de construção;
  11. Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo

 

A retração observada no volume mensal de vendas do comércio varejista ampliado foi sentida por sete grupamentos do setor, sendo eles: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-10,4%), tecidos, vestuário e calçados (-6,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,0%), materiais de construção (-2,0%), moveis e eletrodomésticos (-1,7%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%) e combustíveis e lubrificantes (0,3%).

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria foi o que apresentou o maior crescimento no período (4,7%), seguido do segmento de veículos, motocicletas, partes e peças (1,4%), e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,4%).

 

Volume de vendas no comércio varejista ampliado – Variação mês/mês anterior – BRASIL
Grupamento Variação (%)
Livros, jornais, revistas e papelaria 4,7
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 1,4
Veículos, motocicletas, partes e peças 1,4
Combustíveis e lubrificantes -0,3
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo -0,7
Móveis e eletrodomésticos -1,7
Outros artigos de uso pessoal e doméstico -2
Material de construção -2
Tecidos, vestuário e calçados -6,3
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação -10,4
Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo

Fonte: PMC | Elaboração: Estudos Econômicos – Fecomércio MG

 

Nacionalmente, no agregado, o volume de vendas no comércio varejista ampliado retraiu 0,5% no acumulado em 12 meses. No entanto, alguns segmentos apresentaram uma retração superior ao observado no índice geral, ao passo que cinco, dos onze segmentos, ainda permanecem no campo positivo em termos de volume vendido.

O segmento de “outros artigos de uso pessoal e doméstico” foi o que apresentou a maior queda no volume de vendas no acumulado em 12 meses, atingindo -9,4% nos níveis de vendas. Na sequência, observamos o segmento de material de construção (-7,9%), móveis e eletrodomésticos (-4,7%), veículos, motocicletas, partes e peças (-1,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,6%).

No campo positivo, o destaque é atribuído ao segmento de combustíveis e lubrificante, cujas vendas apresentaram um aumento de 20,9%. Os segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria (10,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (3,7%), e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) também apresentaram aumento nas vendas no acumulado em 12 meses.

Por sua vez, em Minas Gerais, o volume de vendas no comércio varejista ampliado aumentou 1,7% no acumulado em 12 meses. “O estado apresentou recuperação nos últimos seis meses, diferentemente do que foi observado nacionalmente”, explica o economista da Fecomércio MG, Stefan D’Amato.

No entanto, alguns segmentos apresentaram uma retração, comportamento contrário ao observado no índice geral, ao passo que apenas quatro, dos onze segmentos, permanecem no campo positivo em termos de volume vendido.

O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico foi o que apresentou a maior queda no volume de vendas no acumulado em 12 meses, no estado, atingindo -8,7% nos níveis de vendas. No campo positivo, o destaque é atribuído ao segmento de combustíveis e lubrificantes, cujas vendas apresentaram um aumento de 26,9%, como visto na tabela abaixo:

 

 

Volume de vendas no comércio varejista ampliado – Variação acumulada em 12 meses (%) – fev/23
Grupamento Brasil Minas Gerais
Combustíveis e lubrificantes 20,9 26,9
Livros, jornais, revistas e papelaria 10,6 10,7
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 3,7 14,5
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação 3,7 -5,2
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 1,5 1,6
Tecidos, vestuário e calçados -1,6 -5,3
Veículos, motocicletas, partes e peças -1,7 -0,2
Móveis e eletrodomésticos -4,7 -5,9
Material de construção -7,9 -8,1
Outros artigos de uso pessoal e doméstico -9,4 -8,7
Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo

Fonte: PMC | Elaboração: Estudos Econômicos – Fecomércio MG

 

Resultados regionais: setor cresce em 22 das 27 unidades da Federação

 

Regionalmente, 22 das 27 unidades da Federação apresentaram um aumento no volume de vendas no comércio varejista ampliado em fevereiro de 2023, na comparação com o mês anterior, acompanhando o aumento observado no Brasil (1,7%). Os estados que apresentaram o maior crescimento foram o Pará (8,4%), Mato Grosso (6,8%) e Maranhão (6,0%). Em contrapartida, Paraíba (-7,9%), Sergipe (-2,8%) e Espírito Santo (-1,4%), apresentarem as maiores retrações no volume de vendas no período observado.

Na comparação com fevereiro de 2022, a retração no volume de vendas no Brasil (0,5%) foi acompanhada por 8 das 27 unidades da Federação. O estado que apresentou a maior retração no volume de vendas, nesse período, foi São Paulo (-5,8%), acompanhado do Mato Grosso do Sul (-5,5%), Paraná (-3,3%) e Tocantins (-2,9%).

No acumulado do ano de 2023, até o mês de fevereiro, o volume de vendas do comércio varejista ampliado apresentou um aumento no Brasil (0,1%). No período, 21 das 27 unidades da Federação também apresentaram um resultado positivo. O principal impacto positivo, em termos regionais, ocorreu no Espírito Santo (13,3%), acompanhado do Acre (10,3%), Alagoas (8,1%), e do Rio Grande do Sul (7,7%). Por outro lado, estados como Pernambuco (-9,5%), Paraná (-4,3%), São Paulo (-4,3%) e Bahia (-4,2%) apresentaram uma influência negativa sobre o índice nacional.

 

 

Minas Gerais

 

Volume de vendas no comércio varejista ampliado – MG
Grupamento Variação mês/mesmo mês do ano anterior Variação acumulada no ano Variação acumulada em 12 meses
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 5,9 2,6 14,5
Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo 38,7 25,6
Combustíveis e lubrificantes 23,7 26,1 26,9
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação -6,2 -1,6 -5,2
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 4 3,2 1,6
Livros, jornais, revistas e papelaria -16,8 1 10,7
Material de construção -8,7 -1 -8,1
Móveis e eletrodomésticos 4,9 5,1 -5,9
Outros artigos de uso pessoal e doméstico -32,8 -19,9 -8,7
Tecidos, vestuário e calçados -17,2 -8,2 -5,3
Veículos, motocicletas, partes e peças -15,1 -2,6 -0,2

Fonte: PMC | Elaboração: Estudos Econômicos – Fecomércio MG

 

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 568 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 84 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

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